Semana Notre Dame - 15 a 22 de junho de 2020
De 15 a 22 de junho celebramos a semana Notre Dame. Essa data foi escolhida como semana Notre Dame, tendo em vista que no dia 22 de junho celebra-se o aniversário da canonização de Santa Júlia (22/06/1969), data em que se celebra também o dia do educador Notre Dame. Para melhor celebrar esse momento, partilhamos algumas palavras que são a marca da vida de Santa Júlia Billiart e que podem ser também parte de nossas vidas. Que a experiência da bondade e do amor providente de Deus ilumine e oriente nossa vida.
Alegria:
Santa Julia Billiart é Mãe Espiritual da Congregação das Irmãs de Notre Dame. Ela nasceu no dia 12 de julho de 1751, em Cuvilly, uma simpática aldeiazinha situada no norte da França. Desde pequena, Júlia revela rapidamente todos os sinais de uma natureza prendada, meiga, graciosa, inteligente, grandes olhos límpidos. Sorria incessantemente. Esta é uma de suas características mais marcantes: em uma vida de duras provações, surpreende pelo sorriso constante. É conhecida como a Santa do sorriso fácil. Vivamos com o propósito de nos assemelhar a Júlia pela característica da alegria que nasce de um coração cheio de Deus.
Simplicidade:
Desde os oito anos de idade a felicidade de Júlia Billiart consistia em falar do Bom Deus às crianças da vila e ela o fazia com originalidade e alegria. Na catequese, Júlia descobria-se realizada e feliz por estar em contato com aqueles que lhe eram mais estimados ao coração: as crianças pobres e abandonadas.
Vivamos com o propósito pessoal de nos assemelhar a Júlia pela característica do espírito de simplicidade que nasce de um coração confiante na bondade de Deus.
Fé:
A história de Júlia é uma história de fé. Em 1774, ela presencia o atentado à vida do pai. Tal susto a faz tremer da cabeça aos pés. O choque é tão violento que abala a sua saúde. O mal se agrava rapidamente. Já não consegue mais caminhar. Júlia viveu acamada e paralítica, os 22 anos seguintes de sua vida. A história de Júlia sempre foi marcada pelo sofrimento através da dor física e emocional. No entanto, a sua atitude revelava a postura de uma mulher madura que transcendia a realidade humana, buscando em Deus a força e a coragem que necessitava para concretizar a sua opção pela vida. Busquemos nos assemelhar a Júlia pela característica da fé que nasce de um coração confiante em Deus.
Confiança inabalável:
Nos últimos anos em que Júlia esteve paralítica, seu estado de enfermidade se agravou. Seus maxilares contraíram-se de tal maneira que a fala se lhe tornou mais difícil, chegando a não poder articular sequer uma palavra. Nesse período Júlia também perde o pai, em junho de 1792, o que lhe causa muita tristeza porque não pôde assisti-lo nos últimos momentos e também não pôde estar ao lado da mãe para consolá-la. O que Júlia não esperava era que, diante de tantas perdas e sofrimentos, Deus ainda tivesse um grande convite a lhe fazer, apesar da sua debilidade física. Em 1793, num período de perseguições e dificuldades, Júlia teve a visão de sua futura obra. Bernard Arens, escritor, a descreve: “Então Deus a instruiu sobre sua futura vocação. Quando estava em profunda oração Júlia entrou em êxtase. Viu o Calvário e, ao redor da cruz, com Jesus pendente, notou numerosas jovens que vestiam um hábito religioso que lhe era desconhecido. Simultaneamente ouviu as palavras: “Estas são as filhas que te darei num Instituto assinalado com minha cruz.” Busquemos nos assemelhar a Júlia pela característica da confiança inabalável que nasce de um coração dócil a Deus Pai.
Educação:
Santa Júlia concebia o apostolado educacional como expressão natural e inevitável de sua profunda percepção da bondade de Deus. Para ela a educação é a maior obra do mundo por ser um canal de salvação. Júlia insistia em dizer que cada Irmã, o que quer que estivesse fazendo, em qualquer idade, sempre contribuirá para a obra educacional do Instituto. Júlia entendia que o objetivo da educação era ajudar as crianças a desenvolverem os dons que Deus lhes havia dado, levando cada uma a fazer sua síntese. Na educação e no contato direto com as crianças, Júlia encontrou a forma mais acertada de levar à plenitude a sua opção pela vida. Hoje, Irmãs e leigos dos cinco continentes dão continuidade ao sonho de Júlia: “Tornar o bom Deus conhecido e amado e ensinar tudo o que for necessário para preparar as crianças para a vida”. Busquemos nos assemelhar a Júlia pela característica da bondade que nasce de um coração aberto para Deus.
Bondade:
Para Júlia Billiart, não foi suficiente, experimentar Deus como bom e corresponder-lhe pessoalmente. Ela compreendia que a bondade de Deus alcança a todos, não conhece limites. A bondade de Deus devia ser conhecida em toda a parte e por todas as gerações. Por isso, Júlia reconheceu o sentido da universalidade de sua missão respondendo assim ao Plano do seu bom Pai, Deus. O amor à missão de tornar o bom Deus conhecido e amado estava vinculado à sua simplicidade. Ela não tinha exigências pessoais para o Instituto que fundou. Não tentou marcá-lo com suas próprias características ou formá-lo com suas ideias. Desejava fazer o que o bom Deus queria. Isso exigiu dela extraordinária transparência na qual seus próprios interesses pouco contavam. Júlia viu sua própria vocação e a de suas Irmãs como uma resposta à bondade de Deus. Reconheçamos em nosso dia-a-dia os traços da bondade de Deus e a vocação à qual Ele chama a cada um de nós!